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Exportações de dispositivos médicos têm crescimento de 13,75% no 1º semestre de 2022, segundo ABIMO

Indústria nacional do setor exportou US$ 426,44 milhões em produtos nos seis primeiros meses do ano; recuperação é nítida, já que no primeiro semestre de 2021 o setor decresceu 4,88% no comparativo com 2020

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As exportações brasileiras de dispositivos médicos registraram crescimento de 13,75% no primeiro semestre de 2022 no comparativo com o mesmo período do ano passado. As estatísticas são da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos com base nos dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT) do Ministério da Economia. No total, nos seis meses iniciais deste ano, foram comercializados com o mercado externo US$ 426,44 milhões.

Mês a mês, o setor vinha se desenvolvendo e mostrando uma recuperação significativa após os picos mais graves da pandemia de covid-19. “De janeiro a junho, o setor apresentou crescimento médio de 14,4% e esse resultado é extremamente positivo, já que, em 2021, nesse mesmo período, a média de crescimento das exportações era de 5,76% e fechamos o primeiro semestre com decréscimo de 4,88% no comparativo com 2020”, comenta José Fernando Dantas, analista de acesso a mercados da ABIMO.

Análise por vertical

A vertical médico-hospitalar, que apresentou crescimento de 18,31% entre janeiro e junho, segue como a mais representativa nas exportações, responsável por 64,94% do montante comercializado com outras nações.

Porém, é interessante destacar o crescimento de 27,96% da vertical de odontologia no período. Hoje, esse segmento é o segundo em representatividade, respondendo por 13,56% do volume total de dispositivos médicos exportados nos seis primeiros meses. No ano passado, quem ocupava a segunda colocação era o setor de laboratórios, que, neste primeiro semestre cresceu 0,53% e representa, hoje, 12,74% de tudo o que a indústria de dispositivos médicos brasileira exporta.

“Essa inversão de papéis já era esperada e pode ser facilmente explicada”, comenta Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO. “Desde o começo da pandemia até a tão sonhada disponibilização das vacinas, a melhor estratégia para contenção do vírus era testar a população e isolar os infectados. Para isso, o mundo precisou intensificar a aquisição de kits de testes laboratoriais. Como o Brasil é fabricante e exportador recorrente do produto, tivemos uma alta no período”, justifica a executiva que reforça que, mesmo com a queda, o segmento segue crescendo.

Já a vertical de reabilitação, que representa 8,76% do volume total, foi a única a apresentar decréscimo (- 10,14%) no período. “A queda se deve a um comportamento atípico ocorrido em abril do ano passado, quando houve um volume expressivo e acima da média de comercialização de artigos e aparelhos de prótese para a Colômbia. Essa variação contribuiu para que o valor exportado em 2022 fosse menor que o registrado em 2021”, diz Dantas.

Os dispositivos médicos brasileiros seguem, principalmente, para países dos continentes Americano e Europeu. Estados Unidos, Argentina e Chile despontam como os três principais compradores, seguidos por Bélgica, México, Colômbia e Irlanda. Os produtos mais exportados são sacos e bolsas de polímero de etileno, válvulas cardíacas, categutes esterilizados, pensos adesivos e aparelhos ortopédicos.

Fonte: ABIMO