O Futuro da gestão em saúde: velocidade, tecnologia, talento e liderança consciente
Médicos, enfermeiros, gestores hospitalares e outros profissionais de saúde estão vivenciando essas mudanças massivas, que são abrangentes, onipresentes em funções, organizações e ocorrendo simultaneamente
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O setor de saúde, assim como as demais áreas de negócios, passam por uma grande revolução, em uma época marcada por perturbações organizacionais constantes e a necessidade de novas abordagens de gestão. Médicos, enfermeiros, gestores hospitalares e outros profissionais de saúde estão vivenciando essas mudanças massivas, que são abrangentes, onipresentes em funções, organizações e ocorrendo simultaneamente.
O setor de saúde está imerso em um complexo conjunto de desafios em meio ao cenário pós-pandêmico. Entre eles estão a Acessibilidade aos cuidados de saúde, a persistência das Desigualdades nesse setor, a necessidade de Inovação tecnológica, a carência de projetos e intervenções voltadas à Saúde mental, e os crescentes Custos de cuidados – um cenário observado em vários países, que exercem uma pressão significativa sobre pacientes, profissionais e o próprio sistema de saúde na totalidade.
Somam-se a esses desafios as questões referentes ao esgotamento profissional, ao engajamento e à motivação, bem como ao desejo de realização profissional dos trabalhadores da área. A forma como as organizações de saúde se adaptam e respondem a esses contínuos desafios – seja capitalizando as oportunidades que surgem ou superando os obstáculos que se apresentam – é um fator decisivo para o seu sucesso.
Com essa premissa, a McKinsey & Company lançou seu primeiro relatório “State of Organizations” em abril de 2023, destacando as dez mudanças organizacionais que os líderes empresariais consideram mais significativas. A McKinsey & Company é uma consultoria de gestão global que atua em diversos setores. Reconhecida mundialmente, ela ajuda empresas, governos e outras organizações a enfrentarem desafios complexos, promovendo mudanças estratégicas para aprimoramento do desempenho e geração de impacto duradouro.
Os resultados do relatório McKinsey & Company embora originados de diversos setores, são altamente relevantes para o campo da saúde. Uma pesquisa com 2.500 líderes empresariais em países da Ásia, Europa e América do Norte confirmou que as organizações estão excessivamente complexas e ineficientes – um desafio igualmente sentido na área da saúde, que dificulta a entrega da missão e da estratégia, em vez de facilitá-las.
As instituições de saúde precisam estar preparadas e prontas para agir a todo momento, não apenas para sair de crises, mas para avançar com nova energia. Nesse contexto, o estudo revela quatro “superpoderes” que pode ajudar líderes a enfrentar as mudanças organizacionais ao seu redor, são elas: a Velocidade, inteligência artificial, foco nos talentos e novo estilo de liderança.
A velocidade: emergiu como um verdadeiro superpoder no atual ambiente de negócios, representando a única maneira de se manter preparado para um mundo repleto de mudanças rápidas. Esta velocidade é alcançada por meio da descentralização do poder, permitindo que decisões sejam tomadas por aqueles que estão diretamente envolvidos na linha de frente. Em ambientes de saúde, como hospitais e clínicas, a habilidade de delegar autoridade minimizando a hierarquia, pode resultar em um atendimento ao paciente mais ágil e eficiente, onde decisões importantes podem ser tomadas de forma mais rápida e responsiva.
A inteligência artificial (IA) generativa: é um subcampo da IA, usa modelos de aprendizado de máquina para gerar novos dados que imitam a distribuição de dados de entrada. Ela tem o potencial de aumentar as capacidades humanas permitindo que as pessoas trabalhem de forma mais rápida e eficaz. No entanto, para que essa tecnologia seja bem-sucedida, é essencial existir uma cultura de aprendizado contínuo dentro das organizações, permitindo a constante atualização e adaptação às novas ferramentas e métodos. Inclusive aos ambientes de saúde.
O foco em “talentos esquecidos”. Dois terços das mudanças mais importantes destacadas no relatório State of Organizations report, 2023 estão relacionadas a questões de talento. Sem o talento certo, nas posiçõescertas, com a motivação e incentivos corretos, as organizações terão dificuldades, mesmo nos melhores tempos. Em um ambiente de saúde, isso poderia significar ampliar o trabalho de gestão de pessoas, dando maior atenção à capacitação e ao bem-estar de todos os profissionais, desde o pessoal de apoio até os especialistas.
Novo estilo de liderança: Mais consciente de si e em sintonia com os tempos. Os líderes, precisam passar de gerentes buscando melhorias incrementais para visionários com a coragem de criar um propósito e imaginar e perseguir o futuro. No cenário da saúde, em rápida evolução, os líderes não apenas devem adotar uma visão mais ampla e proativa, mas também demonstrar empatia e compreensão das necessidades e experiências únicas de pacientes e equipe. A liderança no setor de saúde envolve tomar decisões complexas que afetam diretamente a vida das pessoas. Portanto, é crucial que líderes não só busquem inovação e eficiência, mas também preservem a dignidade e o bem-estar humano no centro de suas práticas. Assim, equilibrar competências técnicas com uma abordagem centrada no ser humano é um aspecto essencial para uma liderança consciente no setor de saúde.
Portanto, embora o relatório “State of Organizations” da McKinsey seja voltado para uma audiência empresarial mais ampla, suas descobertas e sugestões são incrivelmente pertinentes ao setor de saúde. A compreensão e a aceitação dessas mudanças organizacionais são cruciais para todos os níveis de uma organização de saúde. Lidar com as perturbações organizacionais é uma responsabilidade compartilhada, com o potencial de remodelar a forma como operamos e prosperamos no cenário de saúde do futuro.
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