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Lúdico vende: dispositivo para lavagem nasal de bebês e crianças ganha o mercado

AGPMED lançou NoseWash em 2022 e já é líder de vendas. Para este ano, vai investir R$ 4 milhões no projeto de expansão da fábrica, do centro de distribuição e exportação do primeiro produto do gênero no mundo

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Fábrica do NoseWash, na Zona Norte do Rio, expande produção para atender mercado nacional e internacional

A estreia no mercado B2C da carioca AGPMED foi com o lançamento do primeiro dispositivo para lavagem nasal de bebês e crianças do mundo. O diferencial foi apostar no lúdico, associando a prática de limpar o nariz a personagens queridos das crianças como unicórnio, cachorro, tubarão, Superman, Batman e Mulher Maravilha; estes três últimos em parceria com a Warner Bros. Consumer Products. E o sucesso foi além do esperado. Por causa do NoseWash, a empresa ampliou sua capacidade de produção para 3 turnos (24horas), triplicou o número de colaboradores, quadriplicou sua capacidade de expedição para conseguir atender à forte demanda do produto. Em apenas um dia após o lançamento do NoseWash, a AGPMED chegou a comercializar mais de 50.000 unidades. Agora vai investir R$ 4 milhões na ampliação da fábrica, criação de novos subprodutos, criação de um centro de distribuição e exportação.

De acordo com o gerente de negócios da AGPMED, Gustavo Reis, a empresa mais que dobrou seu faturamento em 2022 e projeta forte crescimento, dobrando novamente até 2024: “Esperamos expandir nosso time em 25% até final de 2024, com novas parcerias, licenciamentos e venda pro mercado internacional”.

Nascida no Rio de Janeiro há 25 anos, a AGPMED se especializou em fornecer produtos para saúde infantil a empresas da indústria farmacêutica, consultórios médicos e grandes grupos hospitalares. Tornou-se líder de mercado B2B no segmento de abaixadores de língua e espaçadores para inalação no Brasil e exporta para mais de 10 países, como Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Seus produtos são aprovados pela Anvisa, no Brasil, e pelo FDA, nos Estados Unidos, inclusive a novidade NoseWash.

De acordo com a fisioterapeuta respiratória Genai Latorre, a lavagem nasal infantil evita o acúmulo de muco — que favorece a entrada de vírus e bactérias e desencadeia complicações, como sinusite, conjuntivite e otite. Além disso, faz com que a criança respire melhor e, consequentemente, consiga se alimentar e dormir com maior qualidade — pontos fundamentais para a imunidade. Esses benefícios são reconhecidos há tempos. Por isso, a higienização é recomendada por especialistas. A questão aqui é que ela costuma ser feita de forma amadora. Boa parte da população ainda utiliza seringas tradicionais no processo, entretanto, além de ser pouco amigável por lembrar uma injeção, a ponta do objeto pode machucar a criança.

“Sabemos que lavar o nariz dos pequenos pode ser um desafio. Então, quanto menos traumático for o processo, melhor será o resultado. Contar com um produto lúdico e adaptado para esse momento pode facilitar a vida dos pais e responsáveis e aumentar a aderência ao tratamento por parte das crianças”, comenta a especialista Genai Latorre.

“Há diversos produtos de saúde infantil, mas poucos com uma proposta lúdica, pois, geralmente, são feitos a partir da adaptação de um item para adultos. O NoseWash foi desenvolvido especificamente para a lavagem nasal de bebês e crianças. O sucesso de vendas da primeira versão foi além do esperado e, agora, com esses novos aliados, planejamos incentivar ainda mais os pequenos, uma vez que se sentirão encorajados com seus personagens preferidos”,- diz o gerente de negócios da AGPMED, Gustavo Reis.

Mãe de dois meninos — Victor, 8 anos de idade, e Guilherme, 5 –, a bióloga Michele Longo encontrou no NoseWash uma maneira mais agradável de realizar o procedimento, principalmente para o filho mais velho. A criança tem Síndrome de Down e precisa fazer a lavagem nasal todos os dias, pois uma característica da síndrome é a hipotonia muscular, que dificulta expelir a secreção.

“Antes, era um processo desgastante. O Victor não nos deixava segurá-lo e a seringa tradicional acabava machucando seu nariz. Isso tudo fazia com que ele não confiasse no tratamento, porque era algo que o incomodava sensorialmente e fisicamente. Além de implicar em um desgaste físico e mental em nossa relação familiar. Hoje, principalmente pela ludicidade do produto, fazemos um teatrinho com os personagens, e as pontas adaptadas não o atrapalham, o que facilita sua aceitação”, conta Michele Longo.