As exportações de dispositivos médicos brasileiros seguem em crescimento e já somam US$ 582 milhões no acumulado do ano. Em agosto, o valor exportado (US$ 81,3 milhões) foi 21,5% superior ao mesmo período de 2021, refletindo um cenário positivo para a indústria nacional.
Observando o acumulado do ano, a comercialização de dispositivos dos segmentos médico-hospitalar e de odontologia foram determinantes para o resultado positivo, já que aumentaram, respectivamente, 18,24% e 25,38% ao longo dos últimos oito meses. Por outro lado, as verticais de laboratório e reabilitação registraram decréscimo médio de 6,8% frente ao mesmo período de 2021.
Segundo José Fernando Dantas, analista de acesso a mercados da ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos, alguns pontos contribuíram para essa sequência positiva de resultados. “Com o Dólar em alta frente ao Real, as empresas brasileiras exportadoras ganham em competitividade. Somado a isso, temos uma boa repercussão das nossas ações durante a pandemia de covid-19 mostrando, ao mundo, uma indústria forte e capaz de produzir itens com qualidade e excelente custo-benefício”, diz. “Nesse momento é ainda mais importante investirmos na internacionalização e na presença em eventos internacionais a fim de reforçar a nossa presença no mercado externo”, complementa Dantas.
O continente americano segue como o principal destino das exportações de dispositivos médicos de origem brasileira, sendo que Estados Unidos, Argentina, México, Chile e Colômbia se destacam no ranking.
Produtos do segmento médico-hospitalar, principalmente materiais de consumo e implantes, estão entre os mais exportados pelo Brasil neste ano. Sacos e bolsas de polímero de etileno, válvulas cardíacas, categutes esterilizados e pensos adesivos são exemplos dos produtos mais exportados. A análise é produzida pelo time da ABIMO com base nos dados fornecidos pelo Ministério da Economia.
Fonte: ABIMO