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Gestão de compras em hospitais deve ganhar destaque no segundo semestre

Grupo São Cristóvão Saúde entendeu a importância de prever demandas para escapar de imprevistos para o bolso e, consequentemente, para o paciente; instituição vê na Medical Fair Brasil oportunidade de negócios antes das festas de final de ano

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A compra de materiais e insumos médico-hospitalares é um assunto que demanda boa gestão nos hospitais, principalmente em momento econômico conturbado. Além do atendimento e prática da medicina, estar em dia com os equipamentos necessários deve ser rotina por meio de um departamento consolidado. O que inclui uso de tecnologias, como business intelligence, para facilitar as análises preditivas sobre estoque, evitando desperdícios e não atendimento de demandas dos pacientes.

A programação de reparos, incorporação de novos equipamentos e insumos em geral não mais obedecem a um período de baixa e alta durante o ano. Com recursos digitais, se prevê vencimento de validade, por exemplo, possibilitando com que as compras sejam feitas em grande escala, porém planejadas, com entregas programadas para sempre haver estoque funcional. Exceto durante os reajustes de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), aplicados anualmente entre março e abril, quando há pedidos em maior volume antes da aplicação de um possível reajuste para cima.

No período de férias coletivas dos fornecedores, Natal e Ano Novo, novembro é um mês importante para evitar desabastecimento. “Durante as festas, nos preparamos para abastecer dezembro e janeiro com materiais, medicamentos, insumos em geral, etc”, explica Viviane Guimarães Brito, Coordenadora de Compras da Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão, instituição localizada em São Paulo (SP).

Atenta ao novo perfil de negócios, Viviane recomenda aos trabalhadores da Saúde, mesmo os administrativos, a participarem da Medical Fair Brasil (MFB) e se aproximarem de stakeholders de todo o mundo. A edição brasileira da feira MEDICA – maior evento da indústria médico-hospitalar mundial, acontece exatamente nesse período de planejamento para as festas, de 26 a 28 de setembro, no Expo Center Norte, na capital paulista, e reunirá empresas fornecedoras, indústria, entidades de classe e profissionais. “O evento mostra nossa relevância. Hoje temos diversos players nacionais ou nacionalizados, aumentando nosso poder de negócio”, comenta.

Uma nova realidade pós-pandemia

Confirmando a razão de uma feira gigante pela sua importância entre os pares se instalar no Brasil, os dados do Boletim Econômico da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) traz que as exportações de produtos médico-hospitalares brasileiros cresceram 5,1% no ano passado, na comparação com 2021, somando um total de US$ 800 milhões. Isso acontece, entre outras razões, pela competitividade brasileira adquirida ao longo dos anos. “Hoje, conseguimos tudo por meio de empresas nacionais ou que estão instaladas aqui, o que muda muito o atendimento de nossas demandas, seja pela agilidade e pela liberdade de escolha”, avalia a Coordenadora de Compras.

Mas existem obstáculos. Rosecleich Visibelli Junior, Gerente Administrativo do Grupo São Cristóvão Saúde, cita a crise dos Planos de Saúde, a inflação dos produtos, a iminência de uma reforma tributária que onera serviços mais fortemente, uma ressaca da crise sanitária e da guerra da Ucrânia e a temida “judicialização de procedimentos, que fere o bolso do gestor e sacrifica quem está na ponta”. Ele também alerta para a especulação que é praticada pelo contexto descrito. “Tentamos fazer negócios com a indústria, sem intermediários para nos resguardar”.

Tudo deve ser avaliado, ainda que bons ares se aproximem. Mas, as mudanças no mercado global são mais fortes e tendem a impulsionar o alívio para um setor abalado financeiramente. “Depois da pandemia, o cenário se diversificou, conseguimos fazer negócios com fornecedores variados e qualificados. A concorrência aumenta a possibilidade de bons negócios”, explica a líder. Segundo Viviane, atualmente, os dispositivos digitais facilitam, inclusive, as cotações.

De acordo com a coordenadora, com a grande oferta, é possível sair de monopólios de preços e marcas, como acontecia em um passado próximo em países como o Brasil e que não era uma prática justa num setor como esse. “Mas é importante ressaltar que nos voltamos para a qualidade. Não compramos pelo menor preço. Até porque adquirir o melhor produto evita desperdícios, manutenções, perdas e, então, evita gastos não programados e pausas em atendimento.” Em outras palavras, unidades de Saúde são um negócio, mas a saúde dos pacientes, não. Por isso, ela finaliza, tudo é programado, estudado e executado para que o atendimento seja o melhor e o mais assertivo possível.

Para atender essa premissa do setor, alinhando valor na prestação de serviços, a feira mencionada pela líder, está preparando programação exclusiva e conta com centenas de expositores disruptivos que podem auxiliar nos negócios, tomada de decisão e previsão para o próximo ano. Vale repetir, que a MFB, acontece exatamente nesse período de planejamento para as festas. Ela começa dia 26 a vai até 28 de setembro, no Expo Center Norte, na capital paulista, e reunirá empresas fornecedoras, indústria, entidades de classe e profissionais

Medical Fair Brasil 2023

Quando: de 26 a 28 de setembro

Local: Expo Center Norte, São Paulo (SP)

Horário: das 11h às 20h

Acesse a comercialização de espaços clicando aqui.

Mais informações: www.medicalfairbrasil.com.br