O conceito de metaverso vai muito além da simulação de ambiente de mundo real que permita a deslocalização dos cuidados em saúde. Ele se estende para a criação de mundos de aventura que podem proporcionar uma experiência lúdica a crianças em tratamento com quimioterapia. Também transcende nosso espaço-tempo tradicional e pode simular a vivência de um ano de um tratamento em poucas horas, revolucionando a educação profissional.
Este tema atual e interessantíssimo será apresentado por Fabrício Campolina, healthcare transformation officer da Johnson & Johnson MedTech Latam, no palco Futuro da Medical Fair Brasil, dia 6 de maio (horário a confirmar).
“O propósito da palestra, intitulada ‘Influência do Metaverso na Assistência à Saúde’, é estimular uma visão ampliada do potencial do metaverso e convidar todos a pensarem como alavancar esta tendência para gerar mais valor para os pacientes”, declara Campolina.
Segundo ele, o metaverso terá um impacto profundo na assistência à saúde. A ampliação do nível de imersão nos metaversos permitirá levar a deslocalização do cuidado em saúde para outro patamar. Além disso, irá aumentar a efetividade da educação continuada, abrir novas possibilidades de humanização dos cuidados e, em estágio mais avançado, ampliar dramaticamente a capacidade dos profissionais de saúde.
“A palestra terá uma abordagem provocativa, pragmática e clara sobre o tema através de uma perspectiva que explora além dos aspectos óbvios sobre o tema. Inicialmente irei explorar o conceito de metaverso e suas possibilidades. Em seguida, abordarei suas aplicações em cuidado virtual, educação continuada e humanização, entre outros. Finalmente, irei trazer minha expectativa sobre o que fazer agora e quando investir fortemente nesta tendência”, revela Campolina.
Em termos de tecnologia, o metaverso envolve dispositivos para imersão, infraestrutura, como 5G, inteligência artificial, clouding computing, realidade virtual e blockchain, entre outras. “É importante salientar que as leis da física não se aplicam ao metaverso. Ou seja, temos de superar a tendência de tentar replicá-las por ser familiar”, expõe.
Questionado sobre aos maiores desafios relacionados ao tema, o palestrante diz que os mais debatidos são o baixo grau de imersividade e a infraestrutura de conectividade pouco confiável, que podem ser superados nesta década com o 5G e investimentos bilionários na área.
Outro grande desafio será a mudança cultural e de modelo mental que este novo mundo irá demandar. Por isso, o tema deve fazer parte dos esforços de change management das instituições de saúde para digitalizar seus líderes e suas organizações.
Mais um desafio são as questões de ordem prática, legais e fiscais, no metaverso. Esses tópicos devem ser debatidos a partir de modelos já existentes, como situações jurídicas ocorridas em águas internacionais e impostos para serviços para um país executados por pessoas residentes em outra geografia.
Sobre o palestrante
Profissional com mais de 20 anos na indústria de alta tecnologia, Fabrício Campolina atuou nos últimos 17 anos na Johnson & Johnson MedTech. Sua experiência inclui gerenciamento de unidade de negócio, marketing e vendas, com atuação no Brasil, Estados Unidos e América Latina.
Cursou MBA em administração de negócios pela Duke University, onde se graduou entre os top 10% de sua classe. Ex-presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED) para o biênio 2014-15 e reeleito para o biênio 2016-17, liderou o processo de reposicionamento estratégico da associação e o fortalecimento de sua interlocução com toda a cadeia da saúde.
Membro-fundador do Instituto Coalizão Saúde, foi coordenador do grupo de Modelos de Remuneração baseado em Valor, liderando a construção da primeira nota técnica sobre o tema. Campolina é referência no setor sobre o assunto, ministrando palestras sobre VBC e transformação digital nos principais eventos do setor de saúde, impactando mais de 8.000 profissionais.